sexta-feira, 11 de dezembro de 2015

Vale?




Vale falar sobre esta tragédia,
Sim! Com respeito e luto
Mas, nunca com comédia.

Uma Companhia do Brasil
 De todos brasileiros
Sucateada e terceirizada
Para interesse de terceiros.

Tua marca antiga mesmo sem cor,
 Apontava um caminho com bandeira do Brasil
Tua nova tão colorida, mais parecia um mal presságio
 Nos arrastando para o funil.

Se não é funil é algo mais triste,
Lembra tornado, ciclone e furacão.
Por onde passaste, nada mais existe,
Somente morte e decepção.

Deixaste de ser Companhia
Para agregar a tua imagem mais valor.
Tiraste da tua identidade o Rio Doce
Colocando o amargo e o sem sabor.

Dos peixes tu tiraste o Rio
Dos pescadores tiraste os peixes.
De Mariana tirastes os pais e os filhos
Que em vão gritavam: Não me deixes!

Já que não resta a cadeia alimentar.
Que haja ao menos a cadeia
Para a sede de justiça matar
Pelas nascentes entupidas de areia.

É muita lama em Mariana
É muita lama no Brasil
Não foi tragédia todo este drama.
Foi assassinato, covarde e vil.

Há de se mudar o nosso eterno símbolo?
O lábaro que ostentas lameado?
Para que diga o verde-louro desta nova marca
Paz  no novo futuro, mas, muita lama e vergonha no passado.

Sandro Bitencourt

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