Infelizmente a maioria dos pregadores mirins que vejo berrando nos púlpitos, estão na mesma condição deste menino.
Perceba que o semblante de um menino raivoso, irado e cheio de autoridade muda bruscamente para um semblante de medo, de uma criança acoada em sua inocência, um menino que não se sente mais protegido atrás de seu texto decorado e que fica esperando a defesa de seu pai e que o mesmo só faz entregá-lo aos seus algozes.
Crianças devem falar como crianças, devem pregar como crianças, devem comunicar na sua linguagem aquilo que entenderam de acordo com a sua potencialidade e não servirem de fantoches religiosos para promoção dos pais, como se as tivessem colocando em um circo.
Em 2 Reis 5:3 Mostra uma menina cativa se comportando de acordo com sua idade, mesmo sendo a portadora da palavra de Deus à Naamã, ela o chama de senhor.
No evangelho de Lucas 2:50 Mostra Jesus com seus doze anos sendo interrogado por sua mãe a respeito de não ter comunicado seus pais sobre o fato de ficar no templo debatendo com os sábios, mas, mesmo Jesus tendo falado com sabedoria a respeito de si, a Bíblia diz que ele segue com sua mãe, pois como filho , era submisso aos seu pais.
O que dizer da passagem do evangelho de João 6:9 que mostra um jovem sendo canal para o milagre de Jesus alimentando mais de cinco mil homens fora mulheres e crianças, só porque resolveu compartilhar o seu lanche.
Creio que as igrejas devem investir pesado na evangelização das crianças. Provérbios 22:6, Deuteronômio 6:7 são só dois exemplos do tanto que a Bíblia nos mostra a preocupação bem como a valorização da parte de Deus pelas crianças frente o acesso às suas leis, mas, isso deve ser feito sempre respeitando o seu mundo, e não, as adultizando e as expondo como um macaco treinado em um verdadeiro show de horrores.
Pr. Sandro Bitencourt
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