terça-feira, 28 de maio de 2013

Tempo de Meninas.

Em tempos onde vampiros e lobisomens, tornam-se mocinhos, onde contos de fadas viram contos de terror, onde a cultura é sufocada pelas marcas e grifes, e as canções são trocadas por berros de remix.
Tempos onde o português, o francês e o espanglês, perdem espaço para se tornam-se reféns do  pornografês.
Nestes tempos, ou neste tempo onde tenho visto tantos adolescentes
dormindo sem sonhar e quando acordados não param de babar.
Tempos onde a cabeça parou de escolher a roupa para vestir o corpo. Sim! Agora, é a roupa que escolhe o corpo que serve para vestir a cabeça.
Tempos onde a importância do batom, não é mais de enfeitar os lábios antes sábios e sim de tornar bonita a boca que se embica em uma nova forma deformada de não ter ou não saber o que falar.
Tempo onde a maquiagem não maquia mais o rosto e sim os sentimentos.
Tempo onde as unhas deixaram de ser garras para se tornarem pedaços corpo, plástico ou acrigel que deixam defeituoso todo o corpo, se o esmalte estiver borrado.
Tempo em que os brincos servem para dar sentido a existência de um órgão que as adolescentes não querem mais usar.
Tempo do corpo outdoor poliglota, onde se a língua não serve para beijar, só lhe resta o paladar.
Sim, foram estes tempos que me levaram a escrever e digitar. Por causa destes tempos, pedi o Espírito Santo para me inspirar.
Construir um tempo de ajuntar e plantar, de abraçar e amar, tempos para deixar de apenas dormir e acordar, mas aprender a sonhar. Tempo de escrever um novo tempo para todas as meninas que pensam que são mulheres.
Ainda da tempo de fazer alguma coisa, pois ainda que elas pensem errado, o certo é que elas ainda pensam e se pensam, ainda existem.
Existem no tempo, onde a moda é agir sem pensar. E se a moda é não pensar em coisa nenhuma será difícil para elas, pensar em ser alguma coisa que por si mesmo exista antes que suma.    
2 beijos e 2 abraços
Sandro Limeira Bitencourt

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