Evidência do não batismo com Espírito Santo

      Estes dias estive pensando sobre como temos tocado a nossa vida. O que tem guiado nossas atitudes e pensamentos.

Existem duas maneiras de se classificar alguma pessoa. A primeira seria lhe conferindo algum julgamento de forma leviana, de acordo com o pensamento de quem julga, mas isso seria um erro terrível, pois a Bíblia diz em 1Samuel 16:7 Que Deus não vê como o homem vê, pois. o homem vê a aparência, mas Deus vê o coração.

A segunda forma seria analisar as atitudes desta pessoa, pois só assim saberemos o real caráter deste indivíduo.

      Quando pensamos sobre esta questão para a vida cristã, isso se torna por demais trabalhos, pois quando nos tornamos cristãos, a única coisa que é zerada na nossa vida é o nosso passado no que diz respeito às consequências espirituais. A Bíblia diz: "Portanto, agora já não há condenação para os que estão em Cristo Jesus," Romanos 8:1

É claro que como habitantes deste mundo teremos que arcar com as consequências de nossos atos.

lembre-se: Jesus mesmo disse ao orar ao Pai: "Não rogo que os tire do mundo, mas que os proteja do Maligno" João17:15

Temos que entender que a liberdade de nossas escolhas nos tornam escravos das consequências.              Desta forma passamos a entender quando a Bíblia diz que "...se o Filhos vos libertar, vocês de fato serão livres."João 8:36 e também nos diz que "o Senhor é Espírito e, onde está o Espírito do Senhor, ali há liberdade." 2Coríntios 3:17. Foi esta liberdade que escolhemos que nos tornou escravos. Parece um paradoxo, mas é real. " pois aquele que, sendo escravo, foi chamado pelo Senhor, é liberto e pertence ao Senhor; semelhantemente, aquele que era livre quando foi chamado, é escravo de Cristo." 1 Coríntios 7:22. Servidão e liberdade sempre andarão juntos, pois sempre seremos escravos das consequências provindas da atitude que tomamos em meio a liberdade de dizer sim ou não, de decidir ou rejeitar, de se entregar ou de se esconder.

      Um grande dilema que tem acompanhado a história das igrejas cristãs que se classificam como Tradicionais Reformadas e Pentecostais ou Neo pentecostais é a questão do Batismo com o Espírito Santo. Existem também um grupo de cristãos que pensam que a manifestação dos dons se restringiram para a época dos apóstolos, por pensarem naquele tempo, a manifestação dos dons era mais necessário para que as pessoas crescem, o que aparenta certa incoerência, tendo em vista a crescente incredulidade dos nossos dias, por isso não falaremos sobre este grupo.

       A Bíblia relata dois grandes adventos para a sua igreja e também para a humanidade, a chagada de Jesus Cristo a este mundo em forma de homem e a chegada do Espírito Santo no dia de pentecoste em Jerusalém quando os discípulos de Jesus Cristo estavam reunidos no cenáculo.

      O resumo deste cisma entre as igrejas se resume em pensar que a pessoa recebe o Batismo com o Espírito Santo no ato de sua conversão, por entender que ao receber o dom celeste esta pessoa já se faz participante do Espírito Santo como está escrito em Hebreus 6:4 "... e provaram o dons celestial, e se fizeram participantes do Espírito Santo,". Restando então para esta pessoa o exercício da fé e a busca para a manifestação dos dons e carismas que o Espírito Santo tem  para distribuir. Temos também a presença do grupo de cristão pentecostais e neo pentecostais que creem em um segundo advento na vida do cristão que se dá após o ato da conversão, que chamamo de Batismo com o Espírito Santo ou revestimento de poder. Para este grupo, esta experiência se dá em meio a uma busca e quando ocorre o Chamado Batismo com o Espírito Santo, este é evidenciado pelo falar em línguas, como está escrito em Marcos 16:17, Atos 10:46, Atos 19:6.

       Dentro do pentecostalismo existe também uma divisão dos que pensam que o falar em línguas deve ser um dom manifesto constantemente para a prova do real batismo com Espírito Santo e também há aqueles que entendem que uma pessoa pode nunca mais falar em línguas estranhas e que esta manifestação foi restrita apenas ao momento do Batismo ou revestimento de poder, apresentando então o dom de línguas apenas como evidência do ato do batismo, podendo então ser manifesto outros dons, o que não traria a obrigatoriedade da presença deste dom.

         Entendemos que este cisma dentro do cristianismo nunca será elucidado ou resolvido, ficando reservado para o dia em Cristo buscar sua igreja e seu Santo Espírito, mas podemos refletir em algo em algo mais tangível e que una as duas partes, pois se não podemos afirmar para ambos os grupos de cristãos, qua seria a evidência do Batismo com o Espírito Santo, de certo podemos afirmar qual a evidência do não Batismo com o Espírito Santo.

        Uma das coisas que o Espírito Santo faz em nossas vidas antes mesmo de nos entregarmos a Ele, é nos convencer que somos pecadores. “Quando ele vier, convencerá o mundo do pecado, da justiça e do juízo. Do pecado, porque os homens não creem em mim;” João 16: 9,8. É bom que fique bem claro o pecado que Jesus se refere é o maior pecado, o de não crer em sua pessoa e mais importante é entender que este não crer não se resume na não crença em sua existência, encarnação ou divindade, mas, significa pecar por não crer em suas palavras, são verdadeiras, pois não existe a possibilidade de crer nEle e descrer em suas palavras, pois Jesus é a Palavra encarnada. Isso é bem claro no texto de João 1:1 “No princípio era o Verbo, e o Verbo estava com Deus, e o Verbo era Deus.” Quando João afirma que ele era Verbo, ou seja, a palavra, ele está dizendo que Jesus é a encarnação do pensamento do Pai, que ele é consubstancia do Pai, dos seus valores e pensamentos e a partir do pressuposto do pensamento de René Descartes que diz: “Penso, logo existo”, Deus existe como Deus não por ser poderoso ou por ser uma força, como um vulcão ou uma explosão nuclear, mas, pelo fato de ser um ser pensante e relacionável e este pensamento que chamamos do logos, que é o próprio Cristo, se fez carne e habitou entre nós. Não crer em suas palavras e desacreditar na sua existência, tão como a do Pai como também na existência do próprio Espirito Santo.

Acabamos de ver então que uma característica da presença do Espírito Santo na vida do homem é o convencimento do pecado e este convencimento não é apenas, momentâneo, e sim contínuo, pois só o entendimento de que precisamos constantemente estar convencidos de que somos pecadores, é capaz de habilitar em nós a obra de regeneração, restauração e aperfeiçoamento. “Ora, amados, pois que temos tais promessas, purifiquemo-nos de toda a imundícia da carne e do espírito, aperfeiçoando a santificação no temor de Deus.” 2 Coríntios 7:1. Este aperfeiçoamento constante só pode ser promovido pelo Espírito Santo, pois o homem jamais poderia fazê-lo, logo, uma pessoa que não reconhece seus erros, ou que não se enxerga pecador, dificilmente ou impossivelmente deva ser um cristão batizado com Espírito Santo, Já que sua presença em nossas vidas nos leva constantemente ao convencimento de nossas falhas.

Um cristão Batizado pelo Espírito Santo, crendo em sua evidência através do dom de línguas como sinal momentâneo ou manifestação constante, deve trazer em sua vida as expressões do fruto do Espírito Santo obrigatoriamente, mesmo entendendo que estas expressões não esteja em mesmo nível de atuação e influência, mas é necessário que eles sejam visíveis e em constante desenvolvimento. Paulo escrevendo a Gálatas diz: “Mas o fruto do Espírito é: amor, gozo, paz, longanimidade, benignidade, bondade, fé, mansidão, temperança. Contra estas coisas não há lei. E os que são de Cristo crucificaram a carne com as suas paixões e concupiscências. Se vivemos em Espírito, andemos também em Espírito.” Gálatas 5:22-25

Ser batizado é ser submerso, envolvido. Paulo que mostrar que o batismo com o Espírito Santo é muito mais do que o simbolismo momentâneo do batismo nas águas que a ponta para o novo nascimento, mas é uma imersão no próprio Espírito Santo de Deus que faz como que manifestemos seus dons, ministérios, frutos e carismas. Viver nEle e andar nEle traz consigo a obrigatoriedade da manifestação e desenvolvimento do fruto, é como olhar para alguém que acabou de sair de um tanque batismal e que está transitando entre as pessoas que assistem o batismo, é ver sua vida encharcada da presença gloriosa do Espírito Santo.
O grande problema é Gálatas 5:22. 
Pode alguém ser batizada com Espírito Santo, quando não se percebe na vida desta atos de bondade para com o próximo?
Pode alguém dizer que é batizado com Espírito Santo e declarar que não ama alguém e apenas suporta?
Pode alguém afirmar ser batizado  com Espírito Santo e não viver alegre, seja a circunstância que for? Você já viu alguém que é batizado no Espírito Santo que vive de mal humor?
Pode alguém que é batizado  com o Espírito Santo viver atribulado em sua alma ou não ser uma pessoa pacificadora?
Alguém que é batizado com Espírito Santo pode ter perspectivas pessimistas constantes a respeito das situações em que se encontra?
Um a pessoa destemperada, que vive tendo picos de humores extremos pode afirmar que é batizada com Espírito Santo?
Um batizado com o Espírito Santo pode apresentar uma pessoa de comportamento agressivo e sempre estar pronto e na eminência de um conflito?
Alguém que tem seus limites extremamente curto, que não consegue andar as duas milhas, ou mesmo esperar uma transformação do outro pode dizer que é batizada com o Espírito Santo.
Pode existir alguém que seja batizada com o Espírito Santo que seja invejosa? Que não deseja o bem para os outros, mesmo que seja seu inimigo? Pois o se antônimo de benignidade é malignidade, logo aquele que não é benigno é maligno. Você sabe a quem a Bíblia se refere quando usa o termo Maligno? O Espírito Santo estaria em alguém que é maligno?
Não se pode ser leviano e pensar em alguém que por mais que seja batizada pelo Espírito Santo, esteja em estado de completa santidade, pois nem mesmo os grandes homens da Bíblia, mesmo os listados na galeria dos heróis da fé, foram perfeitos, mas era notório em suas vidas a manifestações do fruto do Espírito Santo.
A proposta desta discussão não é definir que é batizado pelo Espírito Santo, mas apontar evidências que provem que uma pessoa não é batizada. 
É claro que uma árvore não dá frutos o ano todo, mas ela precisa dar frutos, pois se não ela deve ser cortada e lançada no fogo.
Vejamos o que Jesus diz:
Mateus7:16-21"Por seus frutos os conhecereis. Porventura colhem-se uvas dos espinheiros, ou figos dos abrolhos? Assim, toda a árvore boa produz bons frutos, e toda a árvore má produz frutos maus. Não pode a árvore boa dar maus frutos; nem a árvore má dar frutos bons. 
Toda a árvore que não dá bom fruto corta-se e lança-se no fogo. Portanto, pelos seus frutos os conhecereis. Nem todo o que me diz: Senhor, Senhor! entrará no reino dos céus, mas aquele que faz a vontade de meu Pai, que está nos céus."
Quem batiza com o Espírito Santo?
Mateus 3:11 "E eu, em verdade, vos batizo com água, para o arrependimento; mas aquele que vem após mim é mais poderoso do que eu; cujas alparcas não sou digno de levar; ele vos batizará com o Espírito Santo, e com fogo."
Jesus lançaria alguém no fogo que fosse batizado por Ele com seu próprio Espírito Santo?
Uma análise bem superficial ao nosso redor já nos mostraria que muito que se dizem ser batizados com o Espírito Santo, de fato não são, mas a questão principal não deve ser o olhar para o outro, mas, o olhar para dentro de nós, fazer uma análise profunda do nosso caráter e ver se defato somos batizados com o Espírito Santo.
Deus nos abençoe.

Se você foi abençoado compartilhe esta mensagem e nos ajude a divulgar este blog.
2 beijos e 2 abraços
Pr. Sandro L. Bitencourt