O que é a beleza? Qual seu valor e importância? É seu valor igual para cristãos e não cristãos?
Vivemos em tempos onde a tirania da beleza aprisiona almas. A busca incessante pela beleza move a economia, dita modas, escraviza e leva muitos à morte.
É comum ouvirmos notícias de falecimentos devido a procedimentos estéticos, muitos dos quais desnecessários. Sei que muitos discordarão, dizendo que o que é necessário para um não o é para outro.
A grande questão é compreender quando a necessidade da beleza se torna um fardo. Por que gastamos tanto em vestes, joias e cosméticos? Certa vez, ouvi uma mulher dizer que a parte mais difícil de se maquiar com uma profissional era depois ter que retornar à realidade, à realidade de quem realmente somos. Quão triste é ouvir alguém dizer que lhe custa voltar a ser quem de fato é.
Quem somos? Somos o que vemos em nós mesmas ou o que mostramos aos outros? Qual desses seres desejamos ser?
Todos conhecem a história de Salomão e suas desventuras amorosas. É plausível que um homem que possuía um harém transbordante de mulheres formosas, adornadas com as mais belas joias e vestes reais, considerasse a beleza vã? Por ter tantas mulheres lindas, Salomão aprendeu a enxergar além da beleza, pois percebeu que não é na formosura que se encontra o valor de quem realmente somos.
“Enganosa é a beleza e vã a formosura, mas a mulher que teme ao Senhor, essa sim será louvada.” Pv 31:30
Salomão nos diz que o valor vai além do que os olhos podem ver. O valor de quem somos não pode ser definido por seres tão imperfeitos como nós. Como pode o padrão de perfeição ser ditado por seres tão imperfeitos?
Nosso valor está naquilo que nos transcende, naquilo que nos eleva, e não há nada tão elevado quanto Deus. Deus tem a capacidade de nos elevar uma vez que Ele está em nossa vida, pois em Sua onipresença, Ele se assenta em Seu trono ao mesmo tempo em que habita em nosso coração. Há algo mais elevado do que isso? Ser morada de alguém que habita nos céus dos céus?
Quando vejo um cristão com complexos, vejo alguém que não compreendeu o valor daquilo que Deus depositou em sua vida, uma coroa imarcescível, que nunca perderá seu valor.
A imagem desta postagem mostra uma pintura feita por artistas e arqueólogos do Império Romano, datada de 300 anos a.C. São mulheres bem vestidas e adornadas com muitas joias. Essas mulheres nem sabiam que estavam sendo pintadas, pois quando posaram para essas pinturas, já eram múmias, isso mesmo, múmias adornadas com lindas joias e vestes. Até onde vai a beleza? Qual seu valor?
Não há muita diferença entre essas múmias e as mulheres que vemos na televisão, na internet, nas revistas… Falta-lhes vida, essência, alma. Grande parte delas vive em um sarcófago existencial. Quando retiram suas joias, vestes e maquiagem, o que lhes resta? Apenas uma máscara mortuária de alguém que espera que seus adornos valiosos um dia a façam transcender e se alegrar, mas o movimento é inverso. Não é a beleza que alegra o coração, e sim o coração alegre que embeleza o rosto. Pv 15:3. E essa frase também é de Salomão, aquele homem cheio de lindas mulheres, mas que ao olhar para seu harém não encontrava uma mulher de real valor. “Mulher virtuosa, quem a achará? Seu valor muito excede ao de rubis.” Pv 31:10
A imagem desta múmia nos faz lembrar que o enfeite de uma mulher não está no exterior, nem no frisado dos cabelos, no uso de joias de ouro ou na compostura das vestes, mas no interior, onde habita um espírito dócil e tranquilo. 1 Pe 3:3-4. E é certo que uma mulher com essa paz de espírito não é escravizada por ninguém.
Pr. Sandro L. Bitencourt
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