segunda-feira, 12 de maio de 2025

PASTORAL nº 113 - 05/12/2010 "UMA SAFIRA QUE PERDEU SEU VALOR"

Existem muitas pedras valiosas criadas por Deus, mas nesta mensagem quero destacar uma em especial: a safira. Esta pedra preciosa possui algo que a distingue das demais — ela se parece com o céu. Seu azul profundo reflete a eternidade. Se a colocarmos diante de um céu limpo, quase se funde com ele. A safira simboliza o céu nas mãos, o eterno invadindo o presente.

Assim também deve ser a mulher que teme ao Senhor. Seu valor não se mede apenas por atributos humanos, mas por sua capacidade de manifestar o céu em sua vida, em seu lar e em tudo o que faz. Seja qual for a estação ou o desafio que enfrente, que ela reflita o céu.

"Mulher virtuosa, quem a achará? O seu valor muito excede o de finas joias" (Provérbios 31:10).
A mulher virtuosa é como uma joia rara. Ela não é encontrada à beira do caminho, mas é fruto de busca, de garimpo. É preciso ter olhos treinados para enxergar o valor que vai além da beleza exterior. Afinal, "Como joia de ouro em focinho de porco, assim é a mulher formosa que não tem discrição" (Provérbios 11:22).

Deus, ao criar a mulher em (Gênesis 2:22), também fez esse "garimpo santo". Ele não improvisou, Ele moldou. E a mulher virtuosa carrega em si o reflexo desse cuidado.

"O coração do seu marido confia nela, e não haverá falta de ganho" (Provérbios 31:11).
Essa mulher tem firmeza de caráter. Não vive como sombra do marido, mas como auxílio idôneo. Está pronta a ajudá-lo — inclusive com palavras que desafiem e edifiquem.
"A mulher sábia edifica a sua casa, mas a insensata, com as próprias mãos, a derriba" (Provérbios 14:1).

"Ela lhe faz bem e não mal, todos os dias da sua vida... cinge os lombos de força e fortalece os braços" (Provérbios 31:12-17).
Seja em casa ou fora dela, essa mulher entende que suas conquistas têm origem no esforço e na graça de Deus. Ela é trabalhadora, sábia, ativa — não fútil nem alienada.

"Ela percebe que o seu ganho é bom; a sua lâmpada não se apaga de noite" (Provérbios 31:18).
Sua lâmpada, símbolo de juízo, permanece acesa. Sua consciência é iluminada pela Palavra, e sua firmeza espiritual não vacila. Ainda que precise atravessar a noite trabalhando, ela permanece fiel.

"Estende as mãos ao fuso... Abre a mão ao aflito" (Provérbios 31:19-20).
Fruto da sua vida é vida. Aos necessitados, ela é amparo. Aos aflitos, ela é resposta. Ela é farol, coluna, serva do Altíssimo.

Ore:
“Senhor, eu quero ser como uma safira dentro do meu lar. Unge-me para que eu possa refletir o céu na minha casa!”

Essa é a mulher safira. Mas nas Escrituras, também encontramos outra mulher com esse mesmo nome — e uma história trágica.

Em Atos 5:1-2, lemos:
“Entretanto, certo homem, chamado Ananias, com sua mulher Safira, vendeu uma propriedade, mas, em acordo com sua mulher, reteve parte do preço...”
Safira, aqui, abriu mão de seu valor. Seu nome tinha brilho, mas suas atitudes foram de trevas. Ela anulou sua identidade ao pactuar com o erro de seu marido. Deixou-se conduzir, não pela verdade, mas pelo engano.

“Ananias... mentiste a Deus” (Atos 5:3-6).
Safira renunciou à santidade. E isso não apenas trouxe morte ao seu marido, mas desabou sua casa.
Se tivessem filhos, talvez estivessem órfãos. “Porque o marido incrédulo é santificado no convívio da esposa... porém, agora são santos” (1Coríntios 7:14). Mas ali não houve santificação, houve conivência com o pecado.

“Quase três horas depois, entrou a mulher de Ananias...” (Atos 5:7-8).
Eles não adoravam juntos. Não havia comunhão com Deus em seu casamento. Ela chegou depois, alheia ao que o Espírito já havia revelado.

Pedro, então, lhe diz:
“Por que é que entre vós vos concertastes para tentar o Espírito do Senhor?” (Atos 5:9-10).
E ela também caiu morta. O fruto de sua vida foi destruição. Ela repetiu o erro de Eva, que não precisou ser vigiada para pecar. Tinha julgamento próprio — e errou.

É tempo de as mulheres de Deus se levantarem!
Mesmo quando há ausência do sacerdócio no lar, Deus chama mulheres como Débora:
“Certamente, irei contigo... porém não será tua a honra... pois às mãos de uma mulher o Senhor entregará a Sísera” (Juízes 4:6-9).

Débora não anulou a liderança masculina, mas se ergueu onde havia fraqueza. Ela discerniu o tempo e a voz de Deus.

“Dispõe-te, porque este é o dia em que o Senhor entregou a Sísera nas tuas mãos” (Juízes 4:14).
Que este também seja o seu dia. O dia em que o céu brilha em sua casa, porque você decidiu ser uma safira — reflexo do céu na Terra.

Repita:
“Eu vou ser uma pedra preciosa dentro do meu lar! Serei canal para que o céu esteja na minha casa e a minha casa esteja no céu, servindo ao Senhor!”


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