Alguns gostam de mim
Outros, nem tanto assim.
Tem gente que finge sim
Já alguns, desejam meu fim.
Estes que querem meus rins,
Suas maturidades, sempre mirins.
Como espinhas por causa de tanto amendoim
Suas maldades brotam ruins como as de Caim
Me vigiam atentos em seus camarins
A espera de uma tragédia narrada em boletim.
Feras selvagens comedores de capim
Adoram bandos de motim.
Suaves como cetim
Dançam alegres, melodia fúnebre em bandolim.
Caçadores em zeplim
Dando tiros de festim.
Seus corpos ocos de manequim
São levados por uma mente chinfrim.
Não preciso de marfim em forma de serafim
Que seja espadachim ou tocador de algum clarim.
Há sobre mim um sangue carmesim
Por isso, o fazer, não pertence a mim.
Mim não faz nada, mas, sou eu que decido enfim
Dizer que já não sou mais eu quem vive, mas Cristo vivem em mim.
Sandro L. Bitencourt
quinta-feira, 23 de abril de 2015
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