Pr. Sandro Bitencourt: PASTORAL nº54 - 10/12/2016

Uma vez assistindo televisão e fui surpreendido com a campanha de natal do Boticário e algo me despertou.

Fiquei perplexo ao ver uma criança quase que celebrando o fato de viver em uma família fragmentada pelo divórcio e dizendo que isso não seria problema, pois eles seriam um rei e uma rainha que mesmo separados seriam a melhores amigos do mundo.

Como pode isso? Como duas pessoas que não conseguiram estar juntos pelo amor, pela cordialidade, temperança, paciência, cumplicidade, etc. serão os melhores amigos do mundo?

Pense. A mãe se une ao filho pelo amor, mas também pelo vínculo da gestação. O pai se une ao filho pelo amor e pelo vínculo da gestação materna, pois ele é fruto do amor pela sua mulher e estes estão juntos primordialmente pelo amor, mas também pelos contratos de fidelidade, civis, religiosos e morais.

Os avós são seguimento a este processo. Mas o que une amigos? Existem contratos? Existem tratos? Não! Eles se unem apenas pelo amor, mesmo que não sejam amores da mesma natureza, que os citados anteriores, ainda sim, é só pelo amor.

Como esse casal que não conseguiu se manter unido pelo amor, pelo contrato, pelo fruto do amor que é sua filha, vai se manter unido somente pelo vínculo do amor, que é o único vínculo da amizade?

A mesma marca, que já vinculou a magia do natal em uma celebração de um casamento de cinqüenta anos, onde aparece um senhor olhando pela lente da memória, a face jovial de sua esposa já de idade.

Celebrou em outro ano, a magia do natal através de um menino tentando unir seus pais que estavam em processo de separação.

Este ano a magia do natal é celebrada através de um lindo rosto de uma criança que faz uma brincadeira com o divórcio dos pais em meio a uma história com fantoches.

Para o mundo capitalista, celebrar o natal através da mensagem de Cristo é um grande problema, pois, o centro do natal de Cristo é a graça e isso não da para ser aproveitado pelo capitalismo, pois a graça não da para ser vendida, ela é de graça.

É necessário então a demissão de Cristo, pois, no capitalismo quem não dá lucro é demitido. Com Cristo demitido surge a necessidade de uma contratação para este função, mas que seja alguém que dê lucro, de alguém que lucre, com casamentos longos, que lucre com casamentos que estão lutando para não acabar e que lucre também com o divórcio.

Quem colocar no lugar de Jesus então? Jesus é substituído então pela "MAGIA DO NATAL"

Não se deve confundir magia com mágica ou truque, mas, ainda sim a magia é uma manifestação de poder para mudança de curso de algo, logo este poder precisa ser manifesto por algo ou alguém.

Natal não é pessoa, natal é nascimento de uma pessoa e se a "MAGIA DO NATAL" é a celebração do nascimento de alguém que foi demitido, logo, esta magia, este poder, celebrado pela mídia, não é o de Cristo.

Quando a sociedade abre mão do poder do natal de Cristo, ela se expõe a viver uma magia sem escrúpulos, que quer lucrar a qualquer custo, não se preocupando com status de quem compra, apenas com seu potencial para comprar. Cristo não! Ele ensina que não há proveito nenhum em ganhar o mundo inteiro e perder a alma.

A Magia do Natal quer que você compre em todos os natais.

Jesus pagou para que você receba de graça e que dure durante todos os natais da sua vida.

Que tal você repensar o teu natal?

Com amor

Pr Sandro Bitencourt

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