Uma vez ouvindo uma pessoa próxima, em tom de tristeza ela me declarou que a coisa que ela mais pedia a Deus, é que ela nunca decepcionasse alguém. Nesta hora, acabei falando de uma forma não muito polida, sobre qual seria a solução para o seu dilema, então respondi:
"Então peça a Deus para morrer!"
Afirmo mais uma vez, que como pastor, eu deveria ter sido mais didático. - Assumo! Mas, a questão é que ninguém na vida consegue viver com tamanho peso, de ter medo mesmo que de forma não intencional (ou não), de ofender, desiludir, destratar, aborr entristecer...
Vale O também a reflexão do inverso, ato de não desculpar,também pois, está postura fala sobre a questão da arrogância, pois, quem não perdoa se coloca obrigatoriamente na condição de jamais poder usufruir de algum tipo de perdão em uma condição tanto futura e até mesmo passada.
No evangelho de Mateus 18:21-35 temos uma parábola de Jesus denominada de "O credor incompassivo". Trata de um servo perdoado de uma dívida pelo rei, mas, que não perdoa um devedor seu. Ao saber que o homem perdoado, não tinha perdoado seu credor, o Rei, mandou que este homem fosse preso e colocado nas mãos de seus atormentadores.
A primeira questão, é que em algum momento você vai precisar pedir perdão e a segunda questão é a forma.
No ramo do direito um juíz vai definir a culminação penal na proporção do delito, podendo ser em forma de acordo, multa ou mesmo prisão, observando a proporcionalidade para cada decisão, tanto no ressarcimento, no pagamento dos valores ou do tempo de detenção.
A questão central é a PROPORÇÃO!
Muitas pessoas têm dificuldades de assimilar o castigo eterno depois do julgamento final, por não entender que a ofensa contra Deus é uma ofensa contra a eternidade, logo, Deus em sua justiça, julga também nos princípios da proporcionalidade.
Apóstolo Paulo vai nos dar um exemplo bem claro de como deve ser feito qualquer tipo de retratação. Veja o texto abaixo:
Atos 16:22-24, 35-40 "E a multidão se levantou unida contra eles, e os magistrados, rasgando-lhes as vestes, mandaram açoitá- los com varas. E, havendo-lhes dado muitos açoites, os lançaram na prisão, mandando ao carcereiro que os guardasse com segurança, o qual, tendo recebido tal ordem, os lançou no cárcere interior e lhes segurou os pés no tronco. E, sendo já dia, os magistrados mandaram quadrilheiros, dizendo: Soltai aqueles homens. O carcereiro anunciou a Paulo estas palavras, dizendo: Os magistrados mandaram que vos soltasse; agora, pois, saí e ide em paz. Mas Paulo replicou: Açoitaram-nos publicamente, e, sem sermos condenados, sendo homens romanos, nos lançaram na prisão, e agora, encobertamente, nos lançam fora? Não será assim; mas venham eles mesmos e tirem-nos para fora. E os quadrilheiros foram dizer aos magistrados estas palavras; e eles temeram, ouvindo que eram romanos. Então, vindo, lhes dirigiram súplicas; e, tirando-os para fora, lhes pediram que saíssem da cidade. E, saindo da prisão, entraram em casa de Lídia, e, vendo os irmãos, os confortaram, e depois partiram."
Veja que a Apóstolo Paulo não aceitou apenas a liberdade, pois ele alega que a sua ofensa, mesmo que injusta, foi feita de forma pública, logo a retratação deveria ser feita publicamente.
Aprendemos com este episódio de que quando desculpamos alguém, não devemos exigir o impossível. Apóstolo Paulo não fala nada sobre os açoites, pois não havia como desfazer tal ato.
Ao se pedir desculpas não adianta tentar compensar ou resgatar o impossível, mas, devemos observar a proporção da ofensa e está projeção deve ser o leme que vai nos guiar às nossas ações de retratação.
Apóstolo Paulo ao rejeitar a ordem de soltura, ele está nos mostrando que a retratação deveria ser de maneira pública assim como a ofensa sofrida.
Quando ofendemos alguém publicamente obrigatoriamente devemos nos estragar publicamente, o contrário disso, mostrará a falta de sinceridade de nossas ações como também a nossa indisposição para nos humilharmos da maneira devida.
Certa vez um aluno me enfrentou na frente da turma, pedi que ele se retirasse da aula e fosse aí vestiário, ele me chamou no particular e me pediu perdão. Disse a ele que sua retratação deveria ser feita na frente da turma, ele concordou e o fez, então, permiti que ele voltasse ao jogo.
De maneira nenhuma poderia desconsiderar a proporção da ofensa, mesmo estando disposto a perdoar, pois, se assim o fizesse, eu estaria reforçando sua postura inadequada.
O pedido de desculpas deve ser feito da maneira adequada, ajustada ao fato.
Certa vez fui destratado por uma pessoa e tempos depois está pessoa foi colocada em evidência como uma pessoa de referência para certa ocasião, na mesma hora fui contra e expus e contexto. Fui interrogado a respeito da minha capacidade de perdoar e minha resposta foi que a pessoa em questão, jamais pediu perdão e não lhe faltou oportunidades, ela simplesmente, não se enxerga como quem ofendeu.
Deus é um Deus pronto a perdoar, mas para isso devemos confessar nossos pecados.
1 João 1:9 "Se confessarmos os nossos pecados, ele é fiel e justo para nos perdoar os pecados e nos purificar de toda injustiça."
Algumas pessoas gostam de resolver suas ofensas desqualificando o ofendido, afirmando que não era o bastante para tal, isso mostra um posicionamento arrogante e pretensioso e não aponta para alguém que deseja verdadeiramente o perdão. Existem também pessoas que verdadeiramente se arrependem e se humilham da maneira devida ao pedir perdão, estes estão sendo sinceros em seu desejo por perdão, pois se enxergam como ofensor.
São estas duas formas que Deus nos enxerga frente aos nossos pecados contra ele. Se realmente entendemos que somos pecadores ou se achamos que o que fazemos não é suficiente para uma condenação justa. Será dessa forma que Ele vai nos julgar. Pela real intenção do nosso coração.
Estes dois pontos nos mostram a diferença do arrependimento para o remorso. A arrependimento fala da essência da pessoa, a tristeza gerada dentro dela, realmente a está tocando tão profundamente que mais do que pedir perdão ela está disposta a mudar. Já o remorso se relaciona não com a essência, mas, com a consequência apenas. A tristeza não foi gerada pelo erro, mas, por que o erro deu errado, se não fosse assim, nada mudaria.
Estes dois pontos nos mostram a diferença do arrependimento para o remorso. A arrependimento fala da essência da pessoa, a tristeza gerada dentro dela, realmente a está tocando tão profundamente que mais do que pedir perdão ela está disposta a mudar. Já o remorso se relaciona não com a essência, mas, com a consequência apenas. A tristeza não foi gerada pelo erro, mas, por que o erro deu errado, se não fosse assim, nada mudaria.
Se você precisa do perdão de alguém ou mesmo de Deus, faça da maneira correta. Deus é tão perdoador, e o seu desejo de perdoar é tão intenso, que Ele nos deixou diretrizes em sua palavra, devemos observar estás diretrizes. Não 3 da maneira que achamos e sim da maneira que Ele definiu.
"...porque Deus resiste aos soberbos, mas dá graça aos humildes."
1Pedro 5:5
"Antes, dá maior graça. Portanto, diz: Deus resiste aos soberbos, dá, porém, graça aos humildes."
Tiago 4:6
" E o que a si mesmo se exaltar será humilhado; e o que a si mesmo se humilhar será exaltado'.
Mateus 23:12
"Certamente ele escarnecerá dos escarnecedores, mas dará graça aos mansos."
Provérbios 3:34
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Sandro Bitencourt.
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